Era o último dia de aula, todos estavam pulando de um lado para o outro. Felizes e saltitantes por se livrarem de professores, aulas chatas e conteúdos que consideravam inúteis. Wade nunca soube por que, mas o ano todo ele percebia a presença de Safyra. Ninguém a notava, apenas Wade. Ela tinha um sorriso bonito e largo, mas era sempre sarcástico. Olhos que de longe, pareciam ser violetas e os cabelos louros. Tão louros que pareciam ouro descolorido. A pele branca. O corpo extremamente sedutor... Os lábios eram pura carne avermelhada.
Aquilo sim era um dos sete pecados capitais. Ao vivo e a cores. Ele achava o nome dela completamente diferente, porque os nomes que ele conhecia de meninas que tinham nome de jóia eram Ruby e Jade. Mas Safyra era altamente complicado de achar.
Ela vivia com livros sombrios nas mãos e quando não estava com os livros, estava comendo maçãs. Ele se assustava um pouco e sempre que ela encontrava seu olhar, ele estremecia. Por vezes, era uma sensação boa, e outras vezes era frio o olhar. Parecia invadi-lo.
Ele nunca soube nada sobre ela, mas ela sabia tudo sobre ele. Nada se sabia daquela garota bela de 18 anos. Será que eram realmente 18 anos de idade?! Eu não teria tanta certeza.
Cinco... Quatro... Três... Dois... Um. Os gritos cortaram o silêncio do lugar. Finalmente, fim do ano. Férias!
Todo mundo vibrava. Ele olhou para a carteira de Safyra. Onde ela estava? Seguiu o caminho que ela sempre fazia. Viu que ela ia em direção a porta, com tanta leveza, que parecia voar. Ele pegou a mochila e correu atrás dela. Quando atravessou a porta, sentiu um incrível aroma de rosas. Virou-se e se assustou. Deu um pulo para trás e se refes em poucos segundos.
_Olá, Wade. – Disse Safyra. – Porque está me seguindo?! Posso ajudar?
_Não... Quer dizer... – Ele começou a corar. Ela não era como as outras garotas com quem ele se envolvia.
_Não... Quer dizer... – Ele começou a corar. Ela não era como as outras garotas com quem ele se envolvia.
Ela deu um suspiro um pouco sarcástico e tirou uma maçã da bolsa. Ele nunca vira uma maçã tão bonita e tão vermelha em sua vida. Ela a cheirou profundamente e abriu seus olhos, encarando Wade.
_Toma. – Entregou na mão dele. – Fica como presente!
Em um gesto rápido, ela se jogou contra o corpo de Wade. Suas bocas, suas línguas se encontraram. Em um beijo rápido, ela o soltou. Sorriu sarcasticamente e saiu quase que desfilando. Seu corpo era como lego, até do modo como andava, se encaixava.
Ele olhou a maçã e deu uma mordida com vontade.
Ela andava muito rápido. Virou-se e foi até o banheiro. Entrou e trancou a porta. Foi até o espelho...
_Mesmo 1.000 anos depois, eles continuam burros o suficiente para comer as maçãs que eu envenenei. Do mesmo veneno que minha amada Violett morreu. Minha amada branca de neve. – Disse ela, sorrindo, frente a frente ao espelho. – Mas não há príncipes e princesas no século 21.
Ela ria... Mais um na sua lista. Jovens tolos! Nunca resistiam a seus encantos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário