quarta-feira, 2 de março de 2011

Inferno - Part 1 (Conto dedicado a Renata Kocholi)

Este conto que você vai ler, contém fragmentos verídicos dos depoimentos de uma menina. Ficção e realidade. Você é quem sabe se acredita ou não. Uma parte... Mentira. Conto. Outra... Verdadeira. Comentem ;D
***

 Meggie era uma linda garotinha, de apenas nove anos de idade. Tão fofa... Era tão lindo vê-la adormecida em sua cama... Era de se invejar, sua capacidade de sonhar. Mas está noite estava estranha. Seu quarto tinha um clima pesado... Meggie não estava acostumada com aquilo. Andava tendo fortes pesadelos e a mãe cada dia mais preocupada. O pai, advogado, não sabia o que fazer... Dividir o tempo estava cada vez mais difícil agora que Meggie estava daquele jeito. Ela estava assustada. Tão linda... Seus olhos mostravam claramente como os pesadelos a deixavam atordoada.
 Ela não rezava muito, pois os pais eram ateus. Mas por influência da avó, ela rezava algumas vezes. Pelo menos, sempre antes de dormir, desde que começou a ter pesadelos. Parecia que suas preces jamais chegariam aos céus. Uma menina tão linda, tão pura... Uma criança. Um anjo esquecido por Deus... O que era Deus nestas horas? Era assim que sua mãe pensava. Não queria ver mais Meggie naquele estado.
_Boa noite, meu anjinho. – Disse a mãe, deixando a filha em seu quarto. – Desta vez, verá que nada de ruim vai acontecer.
_Sim, mamãe. – Respondeu ela, fechando os olhinhos.
 A noite estava tensa. Meggie podia sentir que algo de ruim iria acontecer. O céu já estava em crepúsculo, à lua já estava desaparecendo em meio aos borrões de tinta cinza que eram as nuvens no céu. Não havia estrelas...
 Ela virou-se, contra a luz... Não conseguia dormir nem se colasse as pálpebras com super-cola... Sentia cala-frios... O frio já havia rachado seus lábios cor-de-rosa... As bochechas pareciam congelar... Mas... Ainda era outono. O inverno costumava ser um pouco menos rigoroso. Será que iria nevar?! Pensava Meggie.
 De repente, ela escutou passos envolta de sua cama... Assustou-se. Sentiu o coração gelar e vacilar, o ar pareceu fugir do pulmão. Sentia-se fora de si. Agarrou o travesseiro com a força de suas mãozinhas, e fechou os olhinhos...
_Ave Maria, cheia de graça... – Ela começou a sussurrar uma oração.
 Ela começou a ouvir uma risada demoníaca. O frio que sentia lhe correu a espinha, fazendo-a abrir os olhos. Ela viu uma sombra estranha, masculina. A risada se aproximava, e ela se encolhia. Rezava cada vez mais baixinho... Será que adiantaria rezar?
_Não precisa rezar, Meggie... – Ela ouviu a voz demoníaca dizer bem perto do ouvido dela. – Eu estou aqui. Eu sou... Deus.
 Ela podia sentir repulsa do cheiro de enxofre e aquela respiração ardente em sua nuca. Ela começava a ficar desesperada. Porém, seu corpo não lhe obedecia. A voz não saia... O que fazer agora? O que ele iria fazer? Pobre Meggie, inocente demais para perceber.
 Ela sentiu como se uma mulher a segurasse contra a cama. Eles nunca tinham tocado nela. Abriu seus olhos e viu a silhueta feminina por cima dela, prendendo suas mãos e segurando o tronco ali. Ela não tentou se soltar, por que tinha medo de algo acontecer. De repente, tudo parou... Suspirou aliviada. Levantou-se um pouco, só por garantia, logo se deitou... Outro suspiro.
 Certo? Errado. Ainda não havia acabado.
_You is mine, Meggie. – Ela viu uma sombra imensa vir para cima dela... – You is mine... Ghaaaaa!
 Ela gritou... Desesperada. Não sentia mais nada. Sentiu um osso de seu pescoço se partir e nada... A última coisa que viu foram os olhos vermelho-fumegantes da criatura sombria e o sangue escorrendo pelas paredes... Depois disso... Acho que talvez descubramos de outra forma.
Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário