sábado, 23 de abril de 2011

Pacto sinistro. (Especial de páscoa.)

 Quatro amigos alugaram uma casa no Alaska, para passar o feriado de páscoa. O frio cortante predominava na paisagem, as bochechas dos rapazes estavam completamente quase roxas. Um deles desceu do carro, pegou o molho de chaves e destrancou a porta da frente.
 Nhéééééé... A porta rangeu e abriu. Os quatro entraram na casa. A névoa era espessa, e a noite já caia. Garoava fortemente, dando quase um início de chuva. A neve já estava alta, e quase encontrava o peso dos corpos, afundava fofamente. O frio cortante feito navalha, ajudava que as gotas de água ficassem ainda mais frias.
 Jared, um dos quatro rapazes anunciou que começariam a arrumar a casa para o seu ritual. Começaram a afastar sofá, mesa, cômoda... O caralho A4... Tudo. Fizeram ali um círculo, com um pentagrama virado para baixo com sangue de cordeiro, desenhando os sigilos do demônio que iam invocar. Lúcio pensava que tudo aquilo não passava de bobagem.
 Colocaram velas pretas com dedos de criança dentro delas, vermelhas e brancas em volta daquele círculo. A casa ganhara um clima e decoração de pura bizarrice. E pior, em um dia de páscoa.
 Quando deu meia-noite, eles deram início ao ritual.
_Traga a virgem, Edgar. – Disse Jared.
_Claro. – Respondeu ele, saindo em disparada.
 Abriu a porta e sentiu aquele vento gelado banhar seu corpo todo ornamentado para o ritual, estremeceu. Edgar não sabia se era só pelo frio ou pelo que eles tinham feito e iriam terminar de fazer.
 Ele foi até o carro, pegou as chaves e abriu o porta-malas. Uma bela moça loira dos olhos azuis, toda amarrada se debatia para sair.  Ela se debatia, mas era inútil fazer aquilo, porque no fundo ela sabia que aquilo não ia acabar bem.
 Eles arrancaram sua roupa e a deixaram amarrada no meio do pentagrama invertido. E então, Jared começou a invocar os espíritos malignos com encantamentos em outras línguas, e os outros garotos continuavam. Cada um sacou um punhal de seu manto e então, começaram a cortar o corpo da jovem, oferecendo ele ao demônio. Assim, quando ela parou de gritar e seu sangue começava a ficar bem rente ao desenho do pentagrama, as velas se apagaram com um vento quase congelante.
 Eles ficaram quietos, se perguntando o que viria a seguir. De repente o corpo da moça se curvou para trás e arrebentou as amarras. Ela levantou-se reta, nem se mexeu.
_Vocês me chamaram, aqui estou. – Disse a moça agora com os olhos brancos e uma voz que não era sua. – O que desejam?
 Ela começou a torcer o pescoço, e os estalos eram bizarros. Ela começou a flutuar e os cabelos pareciam estar em um vento bastante peculiar.
_Queremos favores e em troca, damos nossa serviremos a você. – Disse Jared.
_Tremes diante de mim. HAHAHA! Jovens medrosos! – Disse o demônio. – Que assim seja. Eu sei que querem ser ricos. Pois bem!  Em breve, daqui dez anos, dez meses, dez semanas e dez dias, virei cobrar-lhes a dívida. Até lá, meu jovens seguidores e Drew, eu sei que você quer a moça. Cobrarei esse acréscimo de você, depois. Garoto ingênuo!
 De repente o corpo da moça caiu no chão, causando um estrondo. Drew era o mais novo e mais ingênuo deles. Ele não concordava com essa palhaçada toda, mas fazia tudo que o irmão lhe pedia. Ele ficou desesperado quando soube que iam matar a moça, porém concordou. Eles se entreolharam e suspiraram. Drew correu até a moça e viu suas cicatrizes sumirem. Ela acordou, sem se lembrar de nada.
10 anos, dez meses, dez semanas e dez dias depois...
 Depoimento de um policial: Foi estranho, porque os rapazes todos morreram de modo estranho. Arrancaram o coração do peito deles, e havia várias marcas estranhas de garras e mordidas... E em minha opinião, era quase impossível penetrar na segurança daquelas casas. Foi o caso mais estranho no qual eu já trabalhei.

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